Tokyo é a cidade mais globalizada que
conheci, você pode numa loja de discos ser recebida por um americano e
encontrar um cd do seu pai à venda ou num bar de cervejas belgas escutar no som
a Fito Paez, ou ser atendida por um egípcio, tudo isso aconteceu comigo lá. Ainda
assim, ao mesmo tempo os japoneses, verdadeiros donos do pedaço, mantém sua cultura e presença fortíssimas e com
códigos que talvez muito poucos possam chegar a decifrar.
Aqui não falta absolutamente nada que você deseje, se estava achando que o lance era só sushi...Kobe excelente carne, confeitaria de primeira, panqueques american style, etc etc. Quer açaí? Tem em algumas máquinas na estação de trem. Suco de fruta batido na hora? No metrô, é claro que não é como o Rio em cada esquina, mas tem. É como que os caras trouxeram ou produzem ali TUDO o que querem do mundo todo e ao mesmo tempo se dão ao luxo de mal falar outro idioma que não seja o deles. E ainda tem esse diferencial ímpar que é o contraste e integração Ocidente x Oriente. Uma experiência e tanto!
Aqui não falta absolutamente nada que você deseje, se estava achando que o lance era só sushi...Kobe excelente carne, confeitaria de primeira, panqueques american style, etc etc. Quer açaí? Tem em algumas máquinas na estação de trem. Suco de fruta batido na hora? No metrô, é claro que não é como o Rio em cada esquina, mas tem. É como que os caras trouxeram ou produzem ali TUDO o que querem do mundo todo e ao mesmo tempo se dão ao luxo de mal falar outro idioma que não seja o deles. E ainda tem esse diferencial ímpar que é o contraste e integração Ocidente x Oriente. Uma experiência e tanto!
Meu jetlag foi até tranquilo, após viajar por cerca de 25h não tive
muito problema em dormir quando era noite lá e praticamente não tive sono
durante o dia, a única sensação que eu tinha algumas vezes era a de flutuação,
tipo quando a gente faz passeio em barco e depois fica meio mareado. A cidade é
uma provocação aos sentidos, não dava pra ficar perdendo tempo sentindo sono!
1ª lição: Pontualidade. Se o horário
do café da manhã disser “até 10am” é 10am, nem um segundo a mais, nem um
segundo a menos. Na minha 1ª manhã em Tokyo o elevador demorou um pouco e o
relógio acima da porta de vidro do salão do hotel dizia 10:01. Tive que ir
procurar um café na rua. Uff. No dia seguinte não dei mole, estava lá às 8.30h
e foi bom ir bem cedo pois o café da manhã
deles é melhor traduzido como “pequeno almoço”. Eu quase não encontrei o
pãozinho com manteiga rsrs mandei ver nas frutas, iogurte, tofu, chá e um pouco
de salmão, mas havia muito mais, arroz, saladas, peixe, etc. A questão dos
horários é incrível, o trem chega 15:16h exato se esse for o schedule dele e por aí vai.
2ª lição: Comer. Eu estava
ali a trabalho e a equipe do galpão me convidou para almoçar o famoso noodles – sim, aquele que aqui virou o
mísero miojo rsrs, mas lá é uma ótima opção de comida barata e saborosa, pois
vem combinado com carnes, legumes, é uma sopa nutritiva. Eu nunca fui muito
jeitosa com manualidades, imagine comer macarrão com hashis (os palitinhos),
ainda bem que os restaurantes costumam ter também os talheres ocidentais.
Estranhei bastante o ruído que eles fazem para comer, literalmente sugando. Mas
é cultural, lá não é considerado deselegante...então, aguentei. E quanto aos hashis
não passei na prova do noodle...Fiz um
2o teste outro dia com peixe e arroz - que já é preparado meio grudentinho
apropriado para o hashi – e estive 30min tentando, não via a garçonete, estava
faminta e comecei a comer com a mão! Aí ela veio rindo com garfo e faca. E a
bebida? Em geral chá, servido à
vontade. Eu, provei várias cervejas e todas são muito muito boas – Asahi,
Yebisu. Outra boa pedida para comer são os fast sushi (apelido inventado por
mim hehe) com balcão giratório, os pratinhos vão passando e você pode ir
pegando o que quer, há uma tabela de preços e ao final se paga de acordo com a
cor e quantidade de pratinhos. Eu não gosto de sushi, sashimi nada cru ou com
sabor a algas. Vi passar um “peixinho” frito e peguei, estava uma delícia e depois
descobri que era enguia...para completar a experiência gastronômica pedi uma
sopa de caranguejo.
3ª lição: O metrô de Tokyo.
Genteeeeeee, o que é aquele mapa com
mil estações!! A rede é tão complexa que os próprios japoneses param para
consultar e há um posto de informação (e controle) em cada acesso de roleta. O
valor varia de acordo com a estação onde for descer e a linha. Um ponto
negativo é que para cada linha há que comprar um novo ticket se for fazer
combinação, não cheguei a descobrir um passe que atendesse à todas. Vi os
famosos guardas de luvas brancas,
mas realmente não cheguei a pegar o metrô cheio a ponto de ser “empurrada” para
dentro do vagão, essa imagem que corre o mundo deve ser tipo na estação central
num momento específico do rush. E não
são só eles que usam luvas brancas, os motoristas de táxi também. E já que
estamos falando de metrô, falemos de transporte. Bicicletas, centenas delas, e há estacionamentos só de bikes ou
elas ficam nas calçadas sem cadeado. Claro, carros há muitos também...mas
em 10 dias escutei apenas 2 buzinas e uma delas era para dar passagem para uma
ambulância.
4ª lição: Educação. A cidade
tem 13 MILHÕES de habitantes, nenhuma lata de lixo pelas ruas. E NENHUM LIXO NO CHÃO. Há pouco tempo vi
um reportagem na tv sobre como os alunos aprendem desde pequeninos, a limpar a
escola e dividir tarefas como por exemplo, servir a merenda. Por isso não me
surpreendi quando os torcedores recolheram o lixo dos estádios durante a Copa. Por
isso não me surpreendi quando, no metrô, ninguém vai escutando música fora do
fone de ouvidos. É incrível como num lugar tão populoso é quase impossível dar
um encontrão com alguém, em locais muito cheios eles caminham sempre pela
esquerda, deixam passagem na escada rolante, etc. Aprendamos.
5ª lição: Respeito. Só não
coloquei em 1º lugar porque fui experimentando ao longo dos dias que estive lá.
E foi a maior lição de todas. Uma coisa é você ler sobre a sabedoria oriental e
tudo mais, mas é outro papo viver na pele. Quando voltei do Japão fiquei uma
semana com o tique de me curvar levemente ao cumprimentar alguém rsrs. Quanto
mais eles se curvam, mais respeito estão expressando. E tem a expressão gozai-mass, gozai-masssssssu que quanto
mais longo mais reverência significa, vira quase um “mantra”, eu entrava em
algumas lojas e eles ficavam repetindo por um tempo longo.
A cidade combina tradição e
vanguarda. Forum de Tokyo (arquiteta felizzzz) e Palácio Imperial. Letreiros
luminosos e cartazes na belíssima escrita japonesa.
Omotesando é o bairro mais bacana, próximo ao descoladíssimo Shibuya (aquele do maior cruzamento do
mundo) e Shinjuku (o das meninas
fantasiadas de mangá). Meu apê ficava em Chuo-ku,
bairro bem legal e mais tranquilo.
A Skytree Tower é um passeio
obrigatório. 450m lá em cima, me
apaixonei de vez pela cidade. Subi ao final da tarde para ver o pôr do sol, e
como valeu a pena!! Lá em baixo reconhecia ao longe o templo de Sensoji, as torres de
Roppongi Hills, a área de Odaiba.
E aquele tapete urbano que de tão alto parecia uma maquete acendendo aos
poucos.
Outro programa fundamental é ir ao teatro Kabuki, fui a um em Ginza, bairro fashion e moderno mas que tem salas para apreciar essa arte milenar. É incrível a criatividade dos cenários, ora neve, ora um campo. Música japonesa tocada ao vivo, suave, apenas alguns efeitos. Lindo. Todos os atores são homens e o protocolo para assitir é estrito, nada de fotos, nada de barulho.
A temporada das cerejeiras estava para começar dali a alguns dias, toda
a cidade já se decorava com a Sakura
e seu tom de rosa que em poucas semanas iria inundar o parque Sumida. Ficou
faltando ver isso e uma luta de sumô, pois não era temporada. Quem sabe uma
próxima vez, e que inclua Kyoto? Quem sabe...
O trabalho saiu perfeito. E a viagem foi inesquecível.
Tudo o que eu tenho a dizer a Tokyo é: Arigatô gozai-massssssssssssssssssssssu!! ありがとう
>en español
Tokyo es la ciudad más
globalizada que conocí. En una tienda de discos podés ser recibida por un
estadounidense y encontrar un cd de tu papá en venta o en un bar de cerveza
belga escuchar a Fito Páez, o ser
atendida por un egipcio, todo eso me pasó allí. Sin embargo, los japoneses
conservan su cultura y códigos muy fuertes.
Allí no falta
absolutamente nada de lo que uno quiere, si usted pensaba que la oferta era
sólo sushi... excelente carne de Kobe, confitería de primera, panqueques al
estilo americano, etc etc Quieres açai? Hay en algunas máquinas en la estación
de tren. Jugo natural de frutas al paso? En el subte. Es como que traen o
producen ahi todo lo que quieran del mundo y al mismo tiempo se reservan el
derecho de mal hablar el inglés. Es la relación contraste x integración Oriente y Occidente. Toda una
experiencia!
Mi jetlag puedo considerar que fue tranquilo, después de viajar por
casi 25h no tuve mucho problema para dormir cuando era de noche y no tenia
sueño durante el día, la única sensación que tuve a veces fue la de flotación,
como cuando paseas en barco. La ciudad es un desafío a los sentidos, no podía
perder el tiempo sintiendo sueño!
1a lección: Puntualidad. Si dicen que el desayuno
es "hasta las 10" es hasta las 10, ni un segundo más ni un segundo
menos. En mi primera mañana en Tokyo el ascensor tardó un poco y el reloj decia
10:01. Tuve que ir a buscar un café en la calle. Uff. Al día siguiente ahi
estaba yo a las 8.30h y estuvo bueno ir temprano para disfrutar del
completisimo desayuno que más parecia un pequeño almuerzo. Habia de todo,
fruta, yogurt, tofu (queso de soja), té y un poco de salmón, y había mucho más,
arroz, ensaladas, pescado, etc.
2 ª lección: Comer. Yo estaba allí para trabajar y el
personal del taller de construcción me invitó a comer los famosos noodles – una buena opción de comida
barata y sabrosa, ya que viene combinado con carnes, verduras, es una sopa
nutritiva. Mi desafio era comer esos fideos con los hashis (los palitos), por suerte los restaurantes por lo general
también tienen cubertería occidental. Aunque parezca extraño el ruido que hacen
para comer, literalmente chupando. Pero es cultural, no se considera poco
elegante ... entonces a soportarlo. Y bueno no pasó en el test de los fideos
con hashis jaja ... Hice una segunda prueba otro día con el pescado y arroz - he tratado comer durante 30min, no
veía a la camarera, tenía hambre y empezé comer con la mano! Entonces ella vino riendo y con
un tenedor y cuchillo. Para beber? En general, té servido a voluntad. Yo, he preferido
probar varias cervezas y todas muy buenas
- Asahi, Yebisu. Otra buena opción de alimentación son los fast sushis (apodo acuñado por mí jeje) con una barra con rotación,
van pasando varios platitos con porciones de diferentes comidas y agarrás lo
que elijas, al final pagás de acuerdo
con el color y la cantidad de platillos. No me gusta el sushi, sashimi nada
crudo o con sabor a algas. Vi pasar un "pescadito” frito, muy rico y luego
descubrí que era anguila ... para completar la experiencia gastronómica pedi
una sopa de cangrejo.
3 ª lección: El subte de Tokyo. La red es tan compleja
que los mismos japoneses se detienen para consultar el mapa y hay un mostrador
de información (y control) en cada acceso. El valor del boleto varía según la estación
y el ramal. Un punto negativo es que para cada ramal hay que comprar un nuevo
billete si haces combinación, no llegué a conocer un pase para todos los ramales.
Vi a los guardias famosos de guantes blancos, pero realmente no llegué a tomar
el tren lleno como para ser "empujada” adentro, esa imagen que corre el
mundo debe ser como la estación central en horario de pico full. Y no sólo ellos
usan guantes blancos, los taxistas también. Y ya que estamos hablando del subte,
vamos a hablar de transporte. Bicicletas,
cientos de ellas, hay aparcamientos exclusivos de bikes o las ves estacionadas por
las aceras. Sí, sin cerradura. Por supuesto, hay muchos coches también... pero
en 10 días he oído tan solo dos bocinas y una era para dar paso a una
ambulancia.
4ª lección: Educación.
La ciudad cuenta con 13 millones de habitantes, no hay basureros en las calles.
Y NO HAY NADA DE BASURA EN EL SUELO. No hace mucho vi una noticia en la
televisión acerca de cómo los estudiantes aprenden de pequeños a limpiar su
escuela y dividir tareas como servir las comidas. Así que no me sorprendió
cuando la hinchada japonesa recorria basura en los estadios durante el Mundial,
no me sorprendió cuando en el subte, nadie escuchaba musica fuerte. Es increíble
cómo en un lugar tan poblado caminas tranquolo sin choques, en lugares demasiado llenos siempre caminan a
la izquierda, dejan paso, etc Aprendamos.
5ª lección: Respeto,
fue la lección más importante de todas. Una cosa es leer acerca de la sabiduría
oriental y todo, pero otra cosa es vivenciarlo. Cuando regresé de Japón he quedado 1 semana curvandome ligeramente al saludar a alguien jaja. Cuanto más se inclinan,
más respeto están expresando. Y cuando dicen gozai-masa-gozai masssssu cuanto
más tiempo suena significa más reverencia, se convierte en casi un
"mantra”.
La ciudad combina tradición y vanguardia. Forum de Tokyo
(arquitecta felizzzz) y Palacio Imperial. Letreros luminosos y carteles con la
hermosa escritura japonesa.
Omotesando es el barrio más cool,
cerca de modernisimo Shibuya (el del cruce más grande del mundo) y Shinjuku. Mi depto quedaba en el barrio de Chuo-ku, un poco más tranquilo.
La torre Skytree es un paseo imprescindible.
450m arriba del suelo, me enamoré por la ciudad. Subí por la tarde para ver el
atardecer, y cómo valió la pena !! Reconocía a los lejos el Templo
Sensoji, las torres de Roppongi
Hills, la zona de Odaiba.
Otro programa clave es el teatro Kabuki, fui a uno en Ginza, barrio moderno de moda pero
tiene espacios para apreciar este arte milenario. Es increíble la creatividad
de los escenarios, a veces nieve, a veces un campo. Música japonesa con solo
algunos pocos efectos en vivo, suave, hermosa. Todos los actores son hombres y
el protocolo para asistir es estricto, nada de fotos ni ruido.
La temporada de los cerezos
iba a comenzar en unos pocos días, todos los locales ya estaban decorado con
temática del Sakura y su tono rosado
que en un par de semanas que inundarí el Parque Sumida. Me faltó ver una lucha
de sumo, porque no era la temporada. Quizá la próxima vez e incluir a Kyoto?
Quién sabe ...
El trabajo quedó perfecto.
Y el viaje fue inolvidable.
Todo lo que tengo que decir es Tokyo: Arigatô gozai-masssssssssssssssssssssssssu!!
Que lindo conocer un poco mas del mundo a traves de tus vivencias. Gracias por compartirlas! espero las siguientes publicaciones!! Beso.Grace
ResponderEliminarGracias! es un gusto escribir porque termino reviviendo lindos momentos. beso.
Eliminar